Estudei numa época em que música era matéria curricular obrigatória nas escolas públicas. Lembro da professora Cloé e do professor Emílio , que levava o seu violão para nos demonstrar os sons das notas musicais representadas nas partituras. Aprendi a apreciar músicas clássicas ao ouvir a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre ao mesmo tempo que via a importância do trabalho de equipe para alcançar excelentes resultados. O maestro demonstrava um a um dos instrumentos e fazia quartetos para exemplificar ritmos, andamentos e acordes. Nas esperadas aulas, conheci a diversidade de ritmos existentes no Brasil e muitas músicas do nosso cancioneiro. Esse contato foi inesquecível. Tanto que mais tarde, participei de diversos coros da cidade e de muitos festivais de música, onde há uma grande troca de experiências . Contei tudo isso para poder comentar sobre a Lei n.º 11.769, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União, em agosto desse ano. Com essa Lei em vigor , as escolas terão um período de três anos para incluir a disciplina de música no seus currículos do ensino fundamental e médio. Talentos à parte, essa iniciativa vai auxiliar nossos jovens no aprendizado. Conhecendo e aprendendo música, o aluno terá uma interdisciplinaridade. Falar em ritmos, tempos, andamento, som, é falar em matemática e física. Falar em surgimento da música é falar em história e geografia. Acompanhar uma partitura é aprender uma nova linguagem, uma nova leitura. Aprender a cantar é aprender a respirar, aprender a respirar é aprender biologia. E tem muito mais, pois geralmente as escolas trabalham com turmas e alunos e professores terão que realizar um trabalho em conjunto respeitando a atividade e a vez de cada um. Paciência , concentração e foco são outros fatores desenvolvidos numa aula de música. São ensinamentos para a toda a vida.
É o que dizem especialistas e estudiosos e é o que vemos no trabalho desenvolvido pelo músico e professor Lucas Ciavatta que criou um método de Educação Musical denominado "Passo". Lucas Civatta explica que "o Passo é um modelo de regência com os pés. Cada um é o seu próprio maestro"
Confira mais detalhes do método no site http://www.opasso.com.br/
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