As vaquinhas estão de volta

Foto divulgação

O maior evento de arte pública no mundo, a "CowParade", está de volta. Agora é a vez da agitada cidade de São Paulo. Depois de percorrer mais de 55 cidades do planeta, a exposição ao ar livre, volta para o maior centro urbano do Brasil. A iniciativa tem patrocínio de empresas que investem na produção artística e estimulam a disseminação cultural. Segundo informações divulgadas pelo site, mais de 150 milhões de pessoas já viram o artístico rebanho espalhado pelas ruas de algumas das mais importantes metrópolis mundiais. O valor arrecadado, está em torno dos US$ 22 milhões devidamente distribuídos para entidades beneficentes, através de leilões das charmosas vaquinhas. A exposição em São Paulo, vai de 18 de novembro de 2009 até 21 de março de 2010 e o objetivo, nesta edição , é atrair sete milhões de paulistanos. Os artistas que participam do trabalho mostram muito talento e criatividade, o que faz com que transeuntes ocupados,preocupados e carrancudos, parem, olhem e soltem um belo sorriso. Em plena confusão urbana, nada como a "CowParade" para nos remeter à tranquilidade de uma vida bucólica com arte e humor. Sou suspeita ao falar das inusitadas ruminantes, pois adoro esses bichinhos que tem muitos significados, simbolismos para diferentes povos. Para mim elas são o máximo. Demonstram força, determinação, carinho e produzem um dos alimentos essenciais para o homem: o leite. Chega de "babação"!Deixo essa parte para minhas queridas vacas.

Confira mais informações no website :

http://www.cowparade.com.br/

Beth reencarna Clarice

Não sou crítica de teatro ou de literatura, longe disso, mas não posso deixar de comentar sobre o trabalho que a atriz Beth Goulart vem desempenhando com a peça "Simplesmente Eu. Clarice Lispector." O texto baseado na obra e vida da escritora ,é um monólogo adaptado, dirigido e estrelado por Beth. A atriz propõe uma conversa entre a autora e o público. A narrativa convida a plateia a refletir-se nos espelhos em que a escritora ora oculta, ora expõe os detalhes da sua personalidade. A peça tem texto de Clarice Lispector e supervisão de Amir Haddad. Não conheço toda a obra de Clarice. Conheço o trabalho de Beth na televisão e no teatro. Além da grande semelhança física entre escritora e atriz, o talento tabém é uma característica comum entre essas duas maravilhoras mulheres. E os gaúchos terão o privilégio de assistir o “Simplesmente eu, Clarice Lispector”que está sendo considerado, pela crítica nacional, como uma das melhores peças dos últimos tempos. A turnê vai percorrer por 13 cidades gaúchas, começando pela capital. A preço popular o ingresso custa R$ 5,00 (para comerciários). A promoção é do Arte Sesc – Cultura por toda parte.

Curiosidades

Sobre Clarice: você sabia que a escritora, embora tenha se formado em Direito, nunca advogou, sobrevivendo basicamente do jornalismo e, acessoriamente, dos trabalhos de tradução?

Saiba mais sobre a atividade profissionaol de Clarice Lispecto pelo site

http://www.claricelispector.com.br/claricejornalista.aspx

Sobre Beth: você sabia que a atriz já gravou quatro discos?

O Balão e a Vida (1981) PolyGram Compacto simples
Sementes no Ar (1981) Philips/PolyGram LP
Passional (1982) Philips/PolyGram LP
Mantra Brasil (1985) Carmo/Odeon LP

"Emaranhado" destaca a música "O Balão", talvez a mais conhecida. Assista o clipe e se encante com timbre delicado de Beth Goulart e sua interpretação.

Quem conta um conto, aumenta um ponto

Quem nunca gostou de ouvir uma história, um "causo" ou um conto. Pois então... na correria dos dias atuais quem tem tempo de ler uma obra com diversos volumes? Ok, você pode conseguir essa façanha e ler belas obras mas, tem também a opção de ler “numa sentada” um livro de microcontos. Aí vai uma boa definição para tal estilo:
Os microcontos constituem-se numa nova vertente da microliteratura, consagrada pelo escritor guatelmateco Augusto Monterroso. Uma das suas mais célebres obras, "O dinossauro", é considerado o menor conto da literatura mundial: "Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí" - "Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá". O repto em destaque é contar alguma coisa em pouquíssimas palavras de calculados toques. Deve-se ressaltar que os microcontos, tanto na forma quanto no conteúdo, diferem-se das meras frases soltas. Um microconto caracteriza-se por ser micro-narrativa, que prima pela concisão e brevidade e causa no leitor um efeito de impacto. Este impacto pode ser provocado pelo essencial que permanece no ar e se confunde ao ritmo da atmosfera, pela forma de narrar ou, ainda, pela linguagem sedutora do autor.
Para o escritor e publicitário Samir Mesquita os microcontos são” literatura fast-food. São casos rápidos. DOIS PALITOS, que vendeu 5 mil cópias, fato que comemoro até hoje, é lido em três minutos. Cada conto, com 50 letras, tem começo, meio e fim. Dalton Trevisan foi o pioneiro do gênero no país. O estilo se adapta bem aos nossos dias: somos imediatistas, consumimos tudo rapidamente” (trecho retirado da entrevista concedida à revista Cláudia) .
Mesquita publicou "Dois Palitos", que vem dentro de uma caixinha de fósforos e também o “18:30” . Dois Palitos” foi
divulgado na internet – ele pode ser comprado pelo site do autor
e em lojas de São Paulo. O segundo também está em livrarias, e na rede em troca de livros que os internautas queiram dar.

Vai aí o link do site de Samir Mesquita

http://www.samirmesquita.com.br/

Finados em Antares

Hoje é dia 02 de novembro, dia em que se faz homenagens aos mortos. São muitas as demonstrações de respeito aos entes que já se foram. Cemitérios de todas as partes do mundo recebem muitos visitantes. Nesse dia, lembro muito dos meus queridos que já partiram. E sempre lembro de uma história fantástica, que li. Fico imaginando como deve ser o dia de finados em Antares. "Incidente em Antares" é um dos livros de que mais gosto. A narrativa envolvente de Érico Verissimo, faz com que os olhos do leitor não desgrudem das páginas que contam a história da cidade fictícia que tem muito de real, no que diz respeito ao relato dos acontecimentos políticos e sociais. A obra publicada em 1971 mostra como enredo a revolta de sete pessoas, que morreram no dia 13 de dezembro de 1963. Como os coveiros estão em greve, os sete cadáveres passam a vagar pela cidade, vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Devido a sua condição de defuntos, podem fazer isso sem temer represálias.

O livro é dividido em duas partes, onde se misturam acontecimentos reais e irreais.
Na primeira parte, é apresentado o ajustamento das duas facções políticas da cidade (os Campolargo e os Vacariano) às oscilações da política nacional. Apresenta também a união deles em face da ameaça comunista, como é conhecida na cidade, a classe operária que reivindica seus direitos.
Na segunda parte, acontece o "incidente" do título: com a greve geral em Antares e a morte inesperada de sete pessoas, incluindo a matriarca dos Campolargo, os coveiros são impedidos de efetuar o enterro, e desta forma, aumentando-se a pressão sobre os patrões. Os mortos, não sepultados, adquirem "vida" e passam a vasculhar a vida dos parentes e amigos, revelando, então, a podridão moral da sociedade. Como as personagens são cadáveres, e portanto, livres das pressões sociais, podem criticar à vontade a sociedade.

Minissérie
Em 1994, a Rede Globo apresentou a minisséria Incidente em Antares, adaptada por Charles Peixoto e Nelson Nadotti, e baseada no romance de Érico Veríssimo. A minissérie teve a direção de Paulo José e contou com os atores Fernanda Montenegro e Paulo Betti no elenco, entre outros.

Fonte Wikipédia